Além das dores, aproximadamente 20% dos entrevistados alegam sentir choque, formigamento ou adormecimento dos membros, e pouco mais de 10% afirmam também sentir diminuição da força muscular.
Para ampliar os conhecimentos sobre este problema e desta forma adotar os cuidados necessários para prevenir o aparecimento destas enfermidades, o Serviço de Saúde elaborou uma revisão sobre o tema.
A dor nas costas é um sintoma comum em algum momento da vida de cerca de 80% da população. São consideradas responsáveis por mais de 50% das causas de incapacidade física em idade produtiva e são uma das principais causas de ausência no trabalho.
Diversas doenças podem ocasionar a dor nas costas, dentre elas escoliose, hérnia de disco, espondiloartrose e doença discal degenerativa. Para diagnosticar a causa específica da dor é necessária a realização de exame físico com ênfase na coluna e nos membros, além de exames de imagem como radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Como é composta a coluna vertebral?
A coluna vertebral é composta por 33 vértebras que compõem os quatro principais segmentos: cervical (pescoço), torácico (tórax), lombar (cintura) e sacro-cóccix (base da coluna). Entre cada duas vértebras existe um disco intervertebral que ajuda a absorver as pressões e impede o atrito entre as vértebras, servindo de amortecedores e dando flexibilidade a coluna. A coluna protege a medula, que é constituída por um conjunto de fibras nervosas que ligam o cérebro com o resto do corpo. As raízes nervosas saem da medula por ambos os lados através de orifícios existentes entre as vértebras.
O que causa as dores na coluna?
Com a idade, trauma, esforço, movimentos e postura incorretos, a estrutura dos discos altera-se desidratando e modificando a sua flexibilidade. Consequentemente as vértebras aproximam-se, o que pode ocasionar o estreitamento dos orifícios das raízes nervosas na coluna e os discos reduzem a sua capacidade de absorção, podendo rasgar-se internamente. Este quadro pode gerar dor na coluna ou nos membros, além de formigamentos e sensações de choque.
Além das lesões dos discos, as alterações das articulações entre as vértebras podem tornar-se dolorosas. A dor lombar é muito freqüente porque é nesta região que a coluna se apóia e onde acontece a maior quantidade dos movimentos.
Quais as principais doenças da coluna?
Espondiloartrose: Assim como as várias articulações do corpo (ombro, anca, joelhos, etc.) sofrem de processos de desgaste e envelhecimento conhecidos por artroses, as articulações entre as vértebras também sofrem com o passar do tempo. Na espondilartroseou espondilose observa-se vulgarmente a associação de discartrose (degenerescência do disco), artrose das articulações posteriores (chamadas interfacetárias) e de osteofitose que significa o desenvolvimento de “esporões” ósseos nas vértebras, muito conhecidos como “bicos de papagaio”, por a eles se assemelharem nas radiografias da coluna.
Escoliose: Deformação em que se constata uma curvatura lateral da coluna, fazendo com que o corpo fique assimétrico (ombros em altura diferentes). Pode ser genético, mas geralmente tem causa desconhecida. Se indicado, a correção é cirúrgica.
Doença discal degenerativa: A doença discal degenerativa é um processo natural de envelhecimento que conduz a uma alteração da estrutura do disco intervertebral e secundariamente a um colapso discal, muitas vezes associado a dores lombares e nos membros. Pode ser simplesmente resultado do natural processo de envelhecimento, ou resultado de um traumatismo na coluna.
Devido à perda progressiva de água, os discos intervertebrais perdem a sua capacidade de atuarem como amortecedores das pressões exercidas sobre a coluna, fazendo com que as vértebras vizinhas se aproximem umas das outras.
Os principais sintomas são dor nas costas e/ou nos membros e por vezes dificuldade em andar. Tambémneste caso são considerados como fatores de risco, para além da idade, atividades repetitivas e traumatismos na coluna.
A maioria dos doentes com doença discal degenerativa responde aos tratamentos não cirúrgicos, entre os quais, a fisioterapia e exercícios para o fortalecimento dos músculos lombares e abdominais, medicação antiinflamatória e evitando atividades repetitivas agressivas. No entanto, se esta abordagem não resultar, a cirurgia poderá ser necessária.
Hérnia de disco: Durante os movimentos do tronco nas várias direções a pressão nos discos da coluna torna-se irregular. A repetição destes movimentos, especialmente se o movimento for brusco e a pessoa não estiver preparada para executá-lo pode causar lesões no disco. Após várias destas lesões podem surgir rupturas da parte externa do disco e o interior do disco intervertebral pode exteriorizar-se por essas fendas, produzindo uma hérnia discal.
As alterações degenerativas relacionadas com a idade tendem a provocar a perda de flexibilidade e elasticidade dos discos intervertebrais e, conseqüentemente, a sua fragilidade e ruptura. Os principais sintomas de uma hérnia discal são a dor, sensação de formigueiro, dormência ou falta de força num membro superior ou inferior.
Como fatores de risco são também considerados, para além da idade, atividades repetitivas e traumatismos na coluna. O tratamento é semelhante à doença discal degenerativa.
Fonte: Serviço de Saúde do TRT5
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