Áurea Aparecida da Silva Caíres tem 51 anos e passou por uma cirurgia para retirada de uma hérnia de disco no ano de 1.999. O procedimento foi realizado no Hospital Padre Albino, com um médico especialista na área. Ela afirma que após a cirurgia sentia fortes dores, as quais somente eram amenizadas após a aplicação de medicamentos muito fortes, como a morfina. “Sentia muitas dores e voltei ao consultório do médico, quando ele falava que não era nada. Fiquei internada por várias vezes e não agüentava as dores. O médico ainda me explicou que havia colocado um parafuso na minha coluna devido a um desgaste, por isso eu sentia dores”.
Áurea ficou cerca de um ano com dores e decidiu ter a opinião de outro especialista. “Fui a outro médico e passei por vários exames, quando constatou-se que não era um parafuso, mas um pedaço de lâmina do bisturi, que foi quebrada quando fiz a cirurgia da hérnia de disco”.
A mulher voltou ao médico que a operou apara questioná-lo em relação à descoberta. “Ele me informou que não era nada daquilo e que eu estava com outra hérnia de disco e por isso estava com as dores, me propôs outra operação e aceitei”.
Já a segunda cirurgia foi realizada um ano após a primeira e Áurea afirma que ficou sem andar por um tempo após o último procedimento. “Fiquei seis meses sem conseguir andar e foi necessária muita fisioterapia para que eu melhorasse. Voltei a andar com um pouco de dificuldade, mas nunca sei como será o dia seguinte. Ainda sinto dores e às vezes fico até quinze dias sem poder colocar os pés no chão”.
E ressalta que a lâmina não teria sido retirada na última cirurgia. “Quando fiz esse segundo procedimento, o médico revelou que realmente havia quebrado uma lâmina de bisturi na minha coluna e que não conseguiu retirá-la, pois estava com pressa para fazer outra cirurgia”.
Nos últimos exames realizados, Áurea foi informada de que a lâmina se alojou ao lado da medula. “Entrei com uma ação contra o médico e o hospital, ganhei em primeira instância e quando o caso foi para a segunda instância, perdi. Fui informada que a ação não foi favorável à minha pessoa porque eu e meu advogado faltamos à audiência, mas nunca fui avisada sobre essa audiência. Também procurei meu advogado e ele acabou abandonando o caso, sem me dar explicações”.
“Eu espero justiça e procurei outros advogados, mas a situação continua parada na justiça. Tive a vida interrompida, gasto cerca de R$ 300 em medicamentos todos os meses”.
A Assessoria de Imprensa do HPA , em nota, explicou que o processo foi julgado pelo Tribunal de Justiça de Justiça do Estado de São Paulo, que reconheceu a ausência de culpa dos profissionais, julgando a ação improcedente.
Fonte: O Regional
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