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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Será mais um caso de erro médico?

       Uma moradora de Catiguá (SP) sofre, há mais de dez anos, com problemas de saúde que, segundo alega, teriam sido causados por um suposto erro durante uma cirurgia.

       Áurea Aparecida da Silva Caíres tem 51 anos e passou por uma cirurgia para retirada de uma hérnia de disco no ano de 1.999. O procedimento foi realizado no Hospital Padre Albino, com um médico especialista na área.       Ela afirma que após a cirurgia sentia fortes dores, as quais somente eram amenizadas após a aplicação de medicamentos muito fortes, como a morfina. “Sentia muitas dores e voltei ao consultório do médico, quando ele falava que não era nada. Fiquei internada por várias vezes e não agüentava as dores. O médico ainda me explicou que havia colocado um parafuso na minha coluna devido a um desgaste, por isso eu sentia dores”.

       Áurea ficou cerca de um ano com dores e decidiu ter a opinião de outro especialista. “Fui a outro médico e passei por vários exames, quando constatou-se que não era um parafuso, mas um pedaço de lâmina do bisturi, que foi quebrada quando fiz a cirurgia da hérnia de disco”.

       A mulher voltou ao médico que a operou apara questioná-lo em relação à descoberta. “Ele me informou que não era nada daquilo e que eu estava com outra hérnia de disco e por isso estava com as dores, me propôs outra operação e aceitei”.

       Já a segunda cirurgia foi realizada um ano após a primeira e Áurea afirma que ficou sem andar por um tempo após o último procedimento. “Fiquei seis meses sem conseguir andar e foi necessária muita fisioterapia para que eu melhorasse. Voltei a andar com um pouco de dificuldade, mas nunca sei como será o dia seguinte. Ainda sinto dores e às vezes fico até quinze dias sem poder colocar os pés no chão”.

       E ressalta que a lâmina não teria sido retirada na última cirurgia. “Quando fiz esse segundo procedimento, o médico revelou que realmente havia quebrado uma lâmina de bisturi na minha coluna e que não conseguiu retirá-la, pois estava com pressa para fazer outra cirurgia”.

       Nos últimos exames realizados, Áurea foi informada de que a lâmina se alojou ao lado da medula. “Entrei com uma ação contra o médico e o hospital, ganhei em primeira instância e quando o caso foi para a segunda instância, perdi. Fui informada que a ação não foi favorável à minha pessoa porque eu e meu advogado faltamos à audiência, mas nunca fui avisada sobre essa audiência. Também procurei meu advogado e ele acabou abandonando o caso, sem me dar explicações”.

       “Eu espero justiça e procurei outros advogados, mas a situação continua parada na justiça. Tive a vida interrompida, gasto cerca de R$ 300 em medicamentos todos os meses”.

       A Assessoria de Imprensa do HPA , em nota, explicou que o processo foi julgado pelo Tribunal de Justiça de Justiça do Estado de São Paulo, que reconheceu a ausência de culpa dos profissionais, julgando a ação improcedente.
Fonte: O Regional

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